quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Chico Buarque - "Um dos maiores compositores"


Conhecido principalmente como compositor e cantor de música popular, Chico Buarque trilhou com êxito o caminho da dramaturgia e incursionou pela literatura ficcional.
Uma das características marcantes de sua obra como letrista é a verossimilhança com que retrata o imaginário feminino. Francisco Buarque de Holanda, filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, nasceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1944.
Chegou à vida universitária no início da década de 1960, auge do movimento popular e estudantil que precedeu o golpe militar de 1964. Suas primeiras canções, como Pedro pedreiro, impregnadas de preocupações sociais, foram seguidas de composições líricas como Olê, olá, Carolina e A banda, esta uma das vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira (São Paulo, 1966).
Ao decretar-se o ato institucional nº 5, em dezembro de 1968, a música popular brasileira se polarizava em torno de dois nomes e estilos: Caetano Veloso, vanguardista e líder do tropicalismo, e Chico Buarque, que freqüentemente apelava para a música da década de 1930, especialmente a de Noel Rosa. Ambos foram vítimas da censura do regime, que lhes vetava grande parte das composições, e se exilaram na Europa.
Com Vinicius de Moraes e Toquinho, Chico compôs o Samba de Orly, sua canção do exílio. Para o teatro, Chico Buarque compôs a música da peça Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto, e do Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles. Escreveu, com parceiros, textos e música de Roda viva (1967), Calabar (1973), Gota d'água (1975) e Ópera do malandro (1979). Publicou e encenou textos infantis e escreveu a novela Fazenda modelo (1974) e o romance Estorvo (1991).

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